Em casa de bobeira chegam dois convidados para passar à tarde com eles chega um pedaço de mato. Decidido quem dixava e quem bola começam os preparativos, com capricho de um bom cozinheiro transformar aquele modesto quadradinho em pequenos farelinhos, coloca na seda muita calma nessa hora não aperta demais, cuidado para não rasgar o papel faz a voltinha passa só um pouquinho de goma e pronto já temos distração para tarde toda.
Olho para frente e vejo uma ponta vermelha na frente de um grande sorriso acho graça, escuto uma tosse que me chama atenção seguro o riso e espero sem pressa a minha vez. Puxo fundo, seguro até sentir aquela pequena vontade de tossir, ambos olham para mim o riso é inevitável, puxo novamente e sinto aquele cheiro bom que vem perfumando o ar, as vista começam a dilatar e o pensamento ficar devagar e uma sensação de prazer pelo corpo.
O assunto começa a ficar cada vez mais engraçado, um achando graça no outro, o jeito de puxar, o barulho que faz tudo é motivo de piada o baseado vai passando de mão em mão. A fumaça vai tomando toda a casa, vou me sentindo mais calmo meu corpo vai se ajeitando como se preparando pelo que ainda esta por vir.
De repente o silencio, cada um parece curtir sua própria brisa, o silencio parece durar horas. Os pensamentos estão longe há uma certa paz no local, que dura até os olhares se esbarrarem ai o ataque de riso não consegue ser abafado risadas incontroláveis e sem motivo o corpo e a mente em êxtase.
Tragando a paz e jogando fora todo o stress diário nem notamos que à tarde já esta no fim. Por algumas horas esquecemos dos problemas, preocupações, ansiedades e o melhor de tudo sem fazer mal ou atrapalhar a ninguém não consigo entender o porquê uma tarde assim para muitos é um crime.
